quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

COMEÇOS DE GESTÃO


Estou curtindo minhas merecidas férias em Floripa, mais precisamente na Praia da Solidão. O nome diz tudo, embora esteja cercado de gente: aqui é o fim da linha. A praia á linda, sem muito fervo, uns dias chove noutros dias bate sol. Diz que férias é bom porque acaba. Se não, seria desemprego.
Leio nos jornais daqui que o novo prefeito de Floripa quer mudar a cara da cidade. O primeiro-ministro, ou seja, o homem forte do novo governo, é um arquiteto, Dalmo Vieira filho. Sua proposta, audaciosa, é mudar a cara de Floripa em quatro anos. Quatro anos? Difícil, hein?
A cidade está numa grande encruzilhada. Cresce muito, muito rápido. Não tem infra-estrutura, não tem vias adequadas, não tem um transporte publico adequado. Floripa reclamou quando não foi escolhida cidade-sede para a copa. Mas alguém aí já tentou pegar a auto-estrada para o sul da ilha em dia de jogo do Avaí? Nem são Paulo tem congestionamentos assim.
As ruas são estreitas. Aqui na praia, são servidões, pequenos acessos dos antigos moradores que viram algo assim como ruas. Só da pra passar um carro por vez. Logo, não deveriam dar acesso a carros. Mas, no Brasil, proibir acesso a carros? Todas as casas tem garagem. Logo, as servidões nas temporadas de férias  vivem um caos.
Por isso, o novo secretário cassou, por três meses, todos os novos alvarás na cidade. Para pra organizar. Vamos ver quanto tempo ele vai conseguir controlar a situação. Aqui em Floripa, por diversos motivos, ela é quase sempre incontrolável.
Estou vendo que a nova administração na terrinha começou tocando obras no jardim Maria Luísa. Muito bom. Tem que começar forte mesmo, mostrando pulso. A maquina da prefeitura funciona bem, eu vi isso no 11 de março. Todos os gestores da crise só tiveram elogios para a atuação de Canduca e sua equipe. Conversei recentemente com alguns deles e eles me confirmaram isso.
O problema foi que a administração se enrolou logo depois no cipoal de procedimentos para reconstrução das casas. Pouco se avançou. Os governos estadual e federal também ficaram mais distantes. O resultado foi que a aprovação de Canduca desceu a níveis mais baixos que a maré baixa da lua cheia.
Avalio, como sempre avaliei, que a gestão Canduca foi muito boa onde Canduca pessoalmente  é bom: captação de recursos. A cidade voltou a ficar no mapa dos recursos federais, voltou a receber verbas que em outros tempos passavam batido dos gestores municipais. A cidade está mais antenada em relação ao dinheiro de Brasília.
Tomara que João, Wilsinho e equipe tenham mais sorte – e competência – nesta empreitada. Cabe enfrentar os problemas e dar soluções. Como eu já disse em outras postagens, nossa querida Deitada-a-beira-do-mar não é nenhuma Parati, nenhuma Ouro preto, mas também não é nenhuma vilinha de pescadores perdida por aí. Tem um belo patrimônio colonial, uma baia tão bonita quanto Parati e uma igreja de N.S. do Pilar, como Ouro Preto. Antonina não é rica, mas também não é tão pobrinha quanto se pensa. Basta ter vontade de trabalhar e bom senso.

PS – A nova câmara já pensou em fazer alguma homenagem aos gestores da crise de 11 de março? 

Um comentário:

  1. Li seu texto e se referiu a floripa e noca gestão. O prefeito eleito soube contratar seu homem de planejamento urbano. Conheço o arquiteto Dalmo do tempo de Patrimônio Histórico e tenho certeza que saberá dar o tratamento que a cidade necessita.
    Agora, aqui na terrinha, pela ficha-corrida da maioria do secretariado, não dá muito pra acreditar. Mas, nada melhor que o tempo para confirmar ou desmentir nossas convicções.
    abraço

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